E S S E S P O E T A S!!!
Esses poetas
Que falam em flores,
Que cantam em prosas
A beleza e o encanto da vida,
Também choram suas desilusões
E lamentam a perda de seus grandes amores.
Às vezes, esquecem a sensatez e a razão
E somente dão ouvidos a voz do coração.
Mas, por me considerar um deles, eu sei,
O quanto é irrequieto e inconstante
Um meigo coração de poeta!
Quando se apaixonam
Juram que amam perdidamente,
Mas estes pobres poetas
Não encontram uma paixão sólida
Nem ao menos um pouco duradoura...
Pois tudo se desfaz subitamente,
E os faz chorar em seus poemas
Desabafarem o que lhes corrói o peito,
As lembranças, que queimam como brasa ardente.
Mas quando alguém faz seu coração disparar
Na magia de um sorriso encantador,
Sentem novamente, indescritível felicidade,
Jurando ser eterno o amor, como se,
Só existisse uma única verdade.
Doces poetas,
Agem sempre por impulsos
E nisto fazem um sofrer da própria existência.
Descrevem suas magoas, suas aflições,
Como se fossem de fato sucumbir
E viverem para sempre, na mais negra solidão...
Queria eu, um dia, conhecer
E desvendar os segredos da alma de um poeta!?...
Mas posso afirmar, e peço que,
Tenham certeza, eles não mentem, apenas
Em um dia, vivem intensamente suas emoções,
Vive-as ao extremo, em cada momento
Outro dia o que sentem, já não é o mesmo,
Pois em suas fantasias se permitem mudar
E vivem um outro tipo de sentimento
Tão intenso, como este
Que sinto agora, por todos vocês...
Elio Moreira