OS FRUTOS DO OUTONO

No jardim da vida ganhamos vários terrenos assim que nascemos. Até a maturidade nossos pais, educadores e experiências nos ensinam a arte da jardinagem da vida. Depois, cada um de nós sozinho, é responsável pelo seu plantio e pela colheita. Ganhamos terrenos áridos, pantanosos, férteis, arenosos... Não importa o terreno ganho. O que importa é o que iremos plantar e como. Se o nosso terreno for árido, teremos que irrigá-lo bem, adubar bastante, só então colheremos os mais belos frutos. O fato de termos que trabalhar o terreno, empregando nosso tempo, sentindo que valeu o esforço gasto, nos faz mais felizes e realizados, após a colheita.

Se o terreno é fértil, maravilha! É só plantar que tudo dá, sem grande esforço. Ficamos também felizes, mas não aprendemos, nem valorizamos como deveríamos a colheita no jardim da vida. Se o terreno é pantanoso, arenoso, o mesmo esforço, a mesma garra para colher frutos e flores. Mas, o que nos enriquece mesmo; o que nos faz crescer como pessoa, é a grande descoberta de que, sozinhos, podemos ser sábios jardineiros, subindo e descendo montanhas, carregando fardos de adubos, aguando nas horas necessárias... Depois do esforço vem a recompensa nas flores e frutos colhidos nesse instigante jardim da vida.

Maria Eneida
Enviado por Maria Eneida em 03/12/2008
Código do texto: T1316192
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