DELÍRIO DA DOR
QUERO O DELÍRIO DA DOR
À ANGÚSTIA DA RAZÃO
DE SABER QUE MORRO CEDO
MAS AO MEDO DIGO NÃO.
PREFIRO ENCARAR A VERDADE
A TER QUE FUGIR DE UM CÃO
QUE LADRA MAS NUNCA MORDE
QUEM DOMINA A AFLIÇÃO
DO SABER QUE A VIDA É BREVE
QUE A CHUVA VOLTA AO CHÃO
QUERO O DELÍRIO DA DOR
CONSCIENTE DO FINAL
PARA QUE A LÁGRIMA CAIA
MISTURA-SE À AGUA E O SAL.
QUERO O DELÍRIO DA DOR
A TER QUE DIZER SEGREDO
PARA QUEM NÃO TÊM OUVIDOS
QUE À NOITE DOMEM CEDO.
EVAN DO CARMO 12/2008