Seu corpo, meu banquete!

O seu corpo é um banquete posto. Do qual me sirvo, do qual me farto.

Sua tez, fina renda branca e o mais puro e alvo linho, recái delicadamente sobre a mesa. Sobre os pés da cama.

Eu tenho fome de você, mas tenho a calma necessária pra provar de tudo um pouco. Quero todos os seus sabores. Quero trazer à boca as maçãs que carrega o seu colo. Ávidas de mim e eu delas. Quero mordê-las e deixar escorrer pelo canto da minha boca o líquido dessa polpa.

Seu corpo, o banquete mais refinado do qual eu já me servi. Há tenras coxas, e as pego com mãos de quem devora. Passeio minha boca pela frente e por trás, o seu joelho, sua panturrilha. Seu pés. Eu quero comer você. Morder, chupar, lamber. Quero me banhar nos sucos que lhe escorrem. Tenho sede de você, e bebo da sua saliva. Sua boca, a fonte dos meus desejos. Sirvo-me de você. Sento-me, e desta mesa eu não vou mais me levantar. Farto-me dos seus seios, do seu cheiro, dos seus cabelos. Criança gulosa, cruzo as pernas sobre a nossa cama, e deito meu corpo para esfregar meu rosto e me molhar, e me melar, e me lambuzar a cara. Quero esfregar tudo nos braços e por todo o meu corpo. Eu quero bagunçar. Puxar a toalha!

Eu quero desjejuar, eu quero almoçar, eu quero jantar você. Quero você do aperitivo à sobremesa. O seu corpo é o meu banquete.

Posso até estender o convite, mas desta mesa eu não vou me levantar.