Paradoxo

Como pode conviver uma vida intensa com essa dor imensa,

De pássaro que caiu do ninho após a ventania, e chora e pia.

O céu e o mar são tão vastos e o amor é leve e breve.

Só quem sofre por ele sabe onde ele nos leva e tenta afastar as trevas,

Andamos às cegas, tateando e apalpando o impossível

Na esperança que um anjo surja e nos poupe desse frio.

Frio sentimento da indiferença humana, tão mundana;

E em seu lugar faça o sol reluzir, pleno e onipotente,

Nos fazendo crer que a paz é possível, existe e está presente.