Saída
Já não há razão, nem lógica, nem sentido algum
Agora, pois vos direi, que de todo amor só resta amor
E é cabível essa parte que sobra de tanto transbordar
Questionamentos se dão quando não há entendimento
E há todo entendimento no Amor, há toda doçura
Qual a causa de vossas indagações acerca do Amor?
Podeis vós traduzí-lo em palavras pobres e desleais?
Fazes tu poeta incabíveis conjecturas acerca de tal elevação?
Pergunto-te: Conheces a ti mesmo?
Devora teu ser em constante exercício de auto conhecimento?
Arrasa de uma vez por todas esses teus pensares equivocados
Rasga teu velho peito em dissabores de outrora e permita-se viver
Vive essa vontade contida, essa loucura aprisionada no teu interior
E libera-te... liberta-te... eleve-se... alce vôo... suba alto, suba além
Entre pelo portal dos mistérios oriundos da origem transcendental
Mergulha tua alma no mais profundo dos teus mares bravios
Acolhe esse vento raivoso e se deixe levar por toda vã paixão
Por mais insana que pareça aos teus olhos... Vive pois hoje!
Esse é o momento exato de criar teus versos em solidez
Já não há razão, nem lógica, nem sentido algum
De tudo que existe, e é, e se refaz, e sobra, só se dá a um caminho
Há apenas uma saída: o Amor