IDENTIDADE DA VIDA
A identidade da vida é nativa ultrajada
de confins inesgotáveis,
desde a infância da existência
até à extinção do tempo,
uma complexa e subtil relação
entre o desígnio de servir o espírito
e o chegar à maturidade da expressão
de um ponto de vista humano
e infinita evolução animal,
não passa de um alarido romântico,
é a nuance de cores no menu invisível
na panóplia controversa do destino,
é grato reconhecimento do pensamento
no leito da mente sobre a sempre
consequência emocional da culpa de sempre.
A resistência nobre no contexto da alma
à sabedoria dos ensinamentos ancestrais,
um prefácio de fogo que arde sem parar
nos escritos da natureza,
relida na soberania dos sentidos inspirados
pelo sotaque cientifico de estranhas fés,
vestidas de carne e osso que enchem as colinas
de tempestades com mil vozes letradas
por matéria de curiosidade
relâmpejando as maravilhas dos elementos,
ao longo do tempo que jamais compreenderemos
demónios e ideais religiosos,
perante obstáculos de porquês intermináveis,
tangíveis numa mitologia de Deuses
misturados entre adorações falsas
e um ajoelhar sobre tradições inventadas
para fins comerciais,
contudo profetizados em reservas possíveis.
Vida é assunto impreciso e desdenhado,
um relato superficial de simbolismos íntimos,
largamente ocultos nas legendas da filosofia
empilhada de razões aceitáveis com receio,
que nos faz agir conscientes a um único fim.
Morte,
um argumento da vida,
a sentença de estar vivo
com o conflito de nascer,
porque nascemos sobreviventes.
Morrer é sentimento literalmente misterioso,
é o transe de silêncio imóvel,
é o êxtase do conhecimento para acampar
na moral não física escondendo o mal,
inseparável do bem no ultimo grau
da visão orgânica em extensão imaginativa
da alma consciente de si mesma causa e efeito,
nos dias idos.