Não mais escreverei em folhas que teimo resgatar
minha paz.
Estou muito cansada para prosseguir, meu coração
sangra as feridas abertas não mais se cicatrizam.
Desta vez não mais voltarei para casa o caminho
esta por demais distante.
Ficarei nesta estrada sombria meus olhos não visuali-
zam a luz, a cegueira já tomaste conta do meu ser.
Velhas promessas que ouço mas não se cumprem, flores
jazem sem vida ao longo do caminho.
A morte esta presente, não somente na carne, mas no
espírito.
Viver tornou se uma sentença devastadora como um
vento gélido que carregou consigo toda a alegria
que um dia habitou em mim.
Caio ao chão sem reação, poucos segundos e a solidão
celebra minha ruina.
Me deixe ser agasalhada pelo abandono, pela fraqueza.
Não mais voltarei para o aconchego da esperança, aceito
minha sentença.
Minha jornada termina aqui esquecida por todos, aban-
donada por aqueles que mais amei.
Frágil criatura envolta em pensamentos dementes fora
tudo que restou da luz reluzente de um ser.
-camomilla hassan-