In_ precisão
IN_ precisão
Indefinível ou indecifrável?
Incompreensível ou sem tradução?
Imprecisão
Sentimentos se confundem, equivocam-se, acobertam-se...
Hora opostas retas, antagônicas, noutras uníssonos, harmônicos, coadjuvando...
Mostram-se com ou sem reservas,
Apropriam-se um do outro,
Apropriam-se... de mim...
A primeira vista um riso, constante sorrir
Brincar de viver, brincar para viver.
Tal como um véu, burca de sentimentos o riso veste de branco o negro do entristecer.
Suave, o riso não se esforça, sempre ousou. Compõe o conjunto do alegrar do humor da extroversão. É real por isso o entristecer não transparece, fica por trás, escondido...
Acaso acontecer trocam posição, o nublado fecha a cortina, cerra o tempo do sol, então o riso é de rio, de sal, ao invés de doce...
Este Rio-mar, Rir-desaguar é o fervilhar o inquietar, o dúbio, dualidade, quase nunca pressentida, pouco percebida.
A mulher que ri aprisiona o triste da mulher que chora,
Ela põe chaves, trancafia a solidão põe baú profundo às questões que causam peso no olhar.
Mas é real o ser triste da mulher repleta de alegria,
Então num canto obscuro entre paredes e cofres, revela-se...
Sem resistir vai ao ralo ou esgoto o sorrir,
Sem muito esforçar pela porta da frente entra os ais, o sal...
Poucos verão...
Saberão... Dada a imprecisão,
Confusão de sentimentos.
Segredados entre si.
Ressalva:
Não precisa ser no fundo, no dia-a-dia, constatação:
“O palhaço é triste, disseram pinta o rosto pra viver...
Digo: Sorri enquanto chora, gargalha para disfarçar o soluçar...