João e Maria
Sob
a luz
branda
desse dia
brada a voz rouca de Maria
_mataram João das flores – ela dizia
_mataram o meu homem – ela sofria
a bala cravada na testa das flores de João
o sangue escuro jorrando nas mãos de Maria
e ao fundo
a rosa esquecida as pressas
a rosa testemunha
das guerras
alvo de ataques das guerrilhas urbanas
dos meninos bandidos
e de outros homens santos
pensa em deus! Maria
e na fome do seu filho homem
_mataram João das flores – ela dizia
_mataram o meu homem – ela sofria
o sangue escorrendo na pele das flores de João
as lagrimas lavando a face desolada de Maria
e em voz alta
a multidão se espremia
como num teatro romano
profano
abutres coadjuvantes de um cinema vivo
marchando sedentos de sangue
fechando o circulo
pensa em Deus! Maria
e na morte do seu filho homem
eles diziam.
Sob
a luz
branda
desse dia
brada a voz rouca de Maria
_mataram João das flores – ela dizia
_mataram o meu homem – ela sofria
a bala cravada na testa das flores de João
o sangue escuro jorrando nas mãos de Maria
e ao fundo
a rosa esquecida as pressas
a rosa testemunha
das guerras
alvo de ataques das guerrilhas urbanas
dos meninos bandidos
e de outros homens santos
pensa em deus! Maria
e na fome do seu filho homem
_mataram João das flores – ela dizia
_mataram o meu homem – ela sofria
o sangue escorrendo na pele das flores de João
as lagrimas lavando a face desolada de Maria
e em voz alta
a multidão se espremia
como num teatro romano
profano
abutres coadjuvantes de um cinema vivo
marchando sedentos de sangue
fechando o circulo
pensa em Deus! Maria
e na morte do seu filho homem
eles diziam.