MORDAÇAS

E um dia o coração teimoso e silenciado se turvou tanto que ficou meio zambeta, parecia fugir do contato com qualquer amor profundo.

Escondeu-se do Amado de Sua Alma, pois o amor na vida prática parecia dizer que era preciso reaprender a amar.

A mulher razão se desequilibrou nas cordas da emoção, quiz que o coração falasse, mas havia uma mordaça.

A mordaça do orgulho, da carência e do medo Tinha medo de saltar do trampolim e morrer na queda.

Mas dane-se a queda, os trampolins foram feitos para serem saltados, para servirem de apoio temporário, não definitivo.

E o que seria do equilibrista sem os riscos, o que seria da vida sem os desafios?

O amor lança fora o medo, o orgulho e a prepotência.

Só o verdadeiro amor é capaz de transformar terra ressequida, em solo frutuoso.

Em quebrar pedras

Em derrubar barreiras...

As mais díficeis possíveis e imagináveis

E só Ele, o Amor em sua essência plena o pode fazer

Ana Lú Portes
Enviado por Ana Lú Portes em 19/11/2008
Reeditado em 21/11/2008
Código do texto: T1291325
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.