A VELHA NOVIDADE DA NÃO CONSCIÊNCIA

Menssagem escrita a partir dos ensinamentos aprendidos com Ramy Arany e Ramy Shanaytá sobre as leis naturais da vida

No mundo em que vivemos hoje, onde a poluição e o excesso é extremo, observamos naturalmente o agravamento dos problemas ambientais em escala global. Na era da tecnologia, do imediatismo e do consumo desenfreado, estamos desenvolvendo cada vez mais atitudes superficiais, ilusórias e de descomprometimento, que é a verdadeira descontinuidade da vida.

Um desses grandes problemas é a crise da água. Nossa sociedade em nível planetário, caminha diretamente por um USO indevido do recurso natural que é a água. O excesso e a poluição em extremo está nos colocando, cada dia mais próximo, a um momento de abstinência deste recurso.

Com o crescimento populacional gigantesco, é se aumentando também a construção de represas e com elas os inúmeros danos ao ecossistema, assim como também à população local onde estas são construidas. Desviar, se intrometer, inverter o caminho natural da natureza não só alega a falta de maturidade do ser-humano, como também a falta de visão do Todo maior (visão em teia) e da continuidade da vida.

Se toma atitudes que visa a uma evolução aparente para melhorar a vida das pessoas, mas o que essa visão pequena denota é que justamente por não conseguir ver além é que estamos nos iludindo com uma falsa idéia de evolução e colocando não só o planeta e a vida em risco, mas a nós mesmos- seres-humanos.

Caminhamos em passos largos, pulando ciclos, passando por cima da origem essencial que é a natureza, destruindo tudo o que é natural...e depois de tudo o que estamos vendo e sofrendo continuamos com uma idéia e visão de que a natureza é ameaçadora, imprevisível, selvagem. Penso que é engraçado a consciência coletiva, que depois de tudo não consegue compreender que nós somos nossos maiores inimigos por opção e escolha.

As transformações são evidentes, a necessidade de novas atitudes e de uma nova maneira de pensar também e ao invés de ficarmos horrorizados ou omissos, discursando bonito, deveríamos começar a repensar que se tudo o que está dentro vai para fora, como a sabedoria da milenar tradição Tubakawaassu ensina, então todo esse desequilíbrio e poluição externa é dentro de cada um de nós.

Como exemplo me reporto a pintura de John Constable, um dos maiores paisagistas de todos os tempos. Ele libertou a paisagem, pintou a natureza livre e criou as condições necessárias para o pensamento impressionista, com isso não só procurou captar a essência da natureza, mas procurou entendê-la em si mesmo, de dentro para fora(tela pronta).

Assim, é necessário começarmos a mudar internamente para que naturalmente nossas ações, pensamentos, falas e visão se torne mais simples, profunda, natural, em alinhamento a vida, a grande mãe que é a natureza, e que mesmo que não a reconheçamos, ela que continuamente existiu e irá existir, sempre nos reconheceu e irá nos reconhecer como filhos.

Agora vos pergunto... Como é que você, nós seres-humanos ainda temos a coragem de nos reconhecer como origem absoluta, fazendo o que bem entendemos da vida e da natureza?

Ah, mas talvez você pense e acredite que você não contribui para essas escolhas coletivas... então eis que os deixo...

O que é que você anda fazendo no seu dia a dia, verdadeiramente de dentro para fora como parte da natureza???

Larissa Feitosa
Enviado por Larissa Feitosa em 18/11/2008
Reeditado em 30/03/2019
Código do texto: T1289550
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