Eu sou apenas uma menininha de pés descalços, pensamentos
que voam.
Sou uma alma valente que baila encantada com sonhos que
desaguam minhas angustias.
Meu coração um embriagado irreverente que se deixa envol-
ver.
Teimo em teimar o ímpossivel, revelo segredos e choro a dor
do desafeto.
Me agasalho nos versos, me revelo em frases desconexas.
Não me encontro, mas me perco nesta estrada em braços er-
rados.
Deságuo ilusões encontro doces dissabores prossigo.
Um instante de tristeza devastadora e sombria.
Momentos de alegria e de reflexão.
Fraguementos da minha essência que se misturam a desejos
e emoções.
Sentimentos avassaladores, amores inquietos vorazes e con-
fusos.
Vida que me enlaça, casulo da solidão que me protege.
Olhos que vagam pela emensidão da esperança, uma vida
capaz de recomeçar, um recomeço depois da tempestade.
Apenas uma menininha de cabelos em desalinho, de mãos
livres a narrar a vida com pensamentos complexos.
Marcas deixadas, versos interminados, amores adiados e
sonhos almejados.
Nada é o fim, o fim não é nada diante da incontestável leve-
za de viver sobre a arte de reiventar a felicidade.
-camomilla hassan-