A cigana Esmeralda - Danças Sagradas
Um lamento de saudade soprou pelo acampamento. Silenciando a madruga. Apurando os sentidos.
Céu ponteado de estrelas. Lua cheia , clarão de prata, os estalos da madeira queimando. Fogueira alta, calor. Encantos, sortilégios das horas mágicas.
A floresta compartilha o perfume dos pinheiros. Leques, mantilhas, vinho e pares. Olhares.
A guitarra traça os primeiros acordes. O som agudo envolve o corpo; ela sente cada nota através da pele e sorri.
Esmeralda é música, e o canto é Esmeralda. Esta noite, o sopro ancestral despertou gerações. O pranto e o amor no baile da cigana.
De olhos fechados, ela joga os braços para o alto e murmura um apelo. O ritmo crescente toma o corpo, envolve a alma e obriga a entrega.
As palmas, batidas do coração
Pulsando e alternando
A força do sapateado. Terra
Apuro nos volteios
Em ‘’Copas’’ perfeitas
Despertando desejos. Fogo
Sedução e meneios
Paixão e segredos
Mistérios das Águas
A leveza dos movimentos
Castanholas, o convite no Ar
Brava ‘’gitana’’!
Para sempre, Esmeralda.
Foto- Rhada Naschpitz
Livremente inspirada: Entre dos aguas- Paco de Lucia http://br.youtube.com/watch?v=2oyhlad64-s
Nos caminhos percorridos, na eternidade da alma e na liberdade do sentimento.
Giselle Sato