A cigana Esmeralda - Danças Sagradas



Um lamento de saudade soprou pelo acampamento. Silenciando a madruga. Apurando os sentidos.  
Céu ponteado  de estrelas.  Lua  cheia , clarão de prata, os estalos da madeira queimando. Fogueira alta, calor. Encantos, sortilégios das horas mágicas.
A floresta compartilha o perfume dos pinheiros. Leques, mantilhas, vinho e pares. Olhares.
A guitarra traça os primeiros acordes.  O som agudo envolve o corpo; ela sente cada nota através da pele e sorri.
Esmeralda é música, e o canto é Esmeralda. Esta noite, o sopro ancestral despertou gerações. O pranto e o amor no baile da cigana.
De olhos fechados, ela joga os braços para o alto e murmura um apelo. O  ritmo crescente toma o corpo, envolve a alma e obriga  a entrega.
 
As palmas, batidas do coração
Pulsando e alternando
A força do sapateado. Terra
 
Apuro nos volteios
Em ‘’Copas’’ perfeitas
 Despertando desejos. Fogo
 
 
Sedução e meneios
Paixão e segredos
Mistérios das Águas
 
 
A  leveza dos movimentos
Castanholas, o convite no Ar
 Brava  ‘’gitana’’! 
                                                           Para sempre, Esmeralda.
 







Foto- Rhada Naschpitz

Livremente inspirada: Entre dos aguas- Paco de Lucia http://br.youtube.com/watch?v=2oyhlad64-s



Nos caminhos percorridos, na eternidade da alma e na liberdade do sentimento. 
                                                       Giselle Sato


Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 09/11/2008
Reeditado em 29/03/2009
Código do texto: T1274407
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