ENSAIO ATEMPORAL

Hoje acordei mais cedo...e elas estavam lá.

A poesia nunca me foi tão atemporal !

E embora temporonas... são deveras viçosas,

A ofertar rubra cor à sacada

Aonde o sol também ensaia seu despertar.

É novembro,

O dia número um... "de todos os santos"

E uma santa luz mas trouxeram a iluminar.

Sequer sei se florescem atrasadas

Ou adiantadas.

Posto que estão no meio do caminho.

E também, nada é mais atemporal que o tempo.

Quiçá as flores?

Não, não há poesia que decifre mistérios.

Ah, belas e distraídas Flores de Maio,

Que a mim me oferecem-talvez- um ensaio?

De atemporalidade tão singular!