Vagando pela noite somente o clarão da lua
ilumina minha sombra.
O som do vento se mistura com o sussurrar da
minha alma.
O frio do abandono enverga meu frágil corpo.
Estou na escuridão das incertezas e embriagada
por ilusões.
Apresionada na dor, perdida em falsas promessas
me perco de mim mesma.
O mundo se torna insustentável e existir insuportá-
vel.
Vago dia após dia sem destino, sem diretriz acumu-
lando em meu coração dissabores e mágoas.
Remoendo o passado, recusando o presente e afu-
gento o futuro trasformo minhas tristezas em la-
dainhas.
E minhas preces são metodicas e vazias sem emoção
ou sentimento como o processo mecânico de atos
repetitivos.
O vazio e a confusão da minha existência dilui a es-
sência da fé e razão.
E assim prossigo uma sombra a vagar sem próprio
sentido.
-CAMOMILLA HASSAN-