Como as Ciclames

O dia quente e a noite também,

e tudo parado e sem ânimo,

a natureza arde no cerrado,

do sol que invade e espalha seu calor além.

E eu como as ciclames,

fechadas sem minhas memórias,

perdidas em minhas histórias,

começo a repensar.

Arde o tempo aqui em mim,

como o sol que castiga as plantas,

a seca desse clima,

esvaindo meus sentimentos.

Não, não é o tempo,

porque o tempo com o tempo se vai,

não é o calor, nem a seca,

é só da minha cabeça que não sai.

Que me faz ser como as ciclames,

agindo só com a razão,

para que eu não derrame,

os sentimentos do meu coração.

Izabel Bento
Enviado por Izabel Bento em 30/10/2008
Reeditado em 30/10/2008
Código do texto: T1255950
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