Como as Ciclames
O dia quente e a noite também,
e tudo parado e sem ânimo,
a natureza arde no cerrado,
do sol que invade e espalha seu calor além.
E eu como as ciclames,
fechadas sem minhas memórias,
perdidas em minhas histórias,
começo a repensar.
Arde o tempo aqui em mim,
como o sol que castiga as plantas,
a seca desse clima,
esvaindo meus sentimentos.
Não, não é o tempo,
porque o tempo com o tempo se vai,
não é o calor, nem a seca,
é só da minha cabeça que não sai.
Que me faz ser como as ciclames,
agindo só com a razão,
para que eu não derrame,
os sentimentos do meu coração.