Inconstância

Triste pensar

Em me desiludir

Tanta confusão

Sem se inibir...

Há! Há! Há! Vem alegria!

Momentânea numa lembrança,

Quisera fossem constante,

Momentos avulsos,

Em uma mera coincidência,

Em que juntos de um

Amontoado de desespero de sua ausência.

Inconstante.

Mas antes a tristeza,

Que me aguardava,

Ela que tem se tornado

Minha infiel companheira.

Triste de vez,

Isso não serei!

Mas há que se formar uma barreira,

De lembranças cada vez melhores,

Na construção da minha existência.

Parto agora, em lembranças me desfaço,

Lembrarei de mim, amanhã quando não.

Sentir mais este peso,

Essa mágoa, esse drama,

Essa fúria ventilando

Em ofegantes clímax de angústias,

Espalhados em raras sensações de alívio,

Que me servem de consolo quando penso,

Que acabou minha fase de doce ilusão.

Izabel Bento
Enviado por Izabel Bento em 29/10/2008
Código do texto: T1254946
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