Plasma da vida descontínua

Não compreendo, não entendo por onde se perdem os meus conceitos, a minha voz e até meus dias. Divago pelo errante que a vida proporciona à minha alma assustada e sem medo pelo que pode aparecer pela frente. Minhas raízes saem de um terreno desnorteado que arrasta milhentas confusões e desvarios.

Parece que todos se afastam de mim. Porém, penso que sou um ser normal com características muito diferentes dos meus semelhantes. Sei que sou um pouco excêntrica numa distracção só. Meu grande defeito é minha sinceridade.

A combinação da vida e da morte estão sempre presentes no meu pensamento. Este meu pensamento parece já não ter importância nenhuma, serei uma falhada? Quem pode responder a esta pergunta por mim?

Até de Deus me afastei um pouco, mas sei que ele está dentro de mim de noite e de dia, caminhando comigo numa mesmo compasso, num mesmo alento! Disseram que tinha alma de artista, será verdade? Já não sei! Pareço sufocar com tudo o que me rodeia, pareço um vento que não sabe para onde soprar com mais força.

A escrita para mim é uma forma terapêutica que equilibra o meu psicológico e até mesmo o meu ego, e que agora não se sente como real. Que loucura sem disparate! My god!

Preciso dedicar-me mais à vida, pois ainda gostaria de viver muitos anos, por isso vou tentar ser sóbria e equilibrada nas coisas que realizo, tentando ser um pouco mais feliz. Assim são as pretensões, contudo há como uma mola a mandar-me para trás. Parece que já passei por tudo isto antes, num estado de alma tão semelhante! Que cena!

Thereza Green
Enviado por Thereza Green em 29/10/2008
Código do texto: T1253886
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