Matemática da Amizade
Alguns dizem que amigos se faz na paz, quando não há justificativas ou necessidades, quando a escolha não se restringe a situações adversas. Quando o sorriso é gratuito, quando as mãos se encontram e o caminhar continua.
Então os ‘amigos’ se tornam companheiros, confidentes...somando risadas, abraços, planos...e multiplicando o amor de verdadeiros e simples amigos.
Numa matemática perfeita se encaixam, se ajustam, e escrevem a história da vida, com algumas vírgulas...mas nunca um ponto final.
Mas sinceramente, não penso semelhantemente.
Amigos de paz são bons e agradáveis, mas são colegas, cúmplices, nunca amigos.
Amigos se faz na guerra. Quando o salgar de lágrimas tristes e muitas vezes secas, escorrem gota a gota sobre os braços de um amigo. Quando não há o que oferecer, quando a força e alegria esgotam-se, e simplesmente sobra um mau humor intolerável, um desabafo tão continuamente cansativo, uma expressão de dor, e as vezes, apenas um suspiro de cansaço.
Amigos se faz na guerra, em que a dor é dividida e a alegria subtraída, do que ainda a resta.
Então eles muitas vezes apagam, esquecem, e põe um ponto final....vira a página e começa tudo outra vez.