Águas Claras


As folhas caem... São seres pertencentes ao meu lugar-solidão..
Caminho em segredo, alma. Dedicação voluntária... Num franzir da testa, peocupação...
Merecimento?... Quem sou para decidir isso... Um ser que vaga e se dilui?...
Queima o corpo em chamas... Esperança!... Mar em fúria, só é percebido quando comparado ao liso...
As ruas dançam... Os carros, os faróis que guiam... Um pertencer ao passado, de alguém que sinto.
Na música que escuto, não há falhas... Isso amedronta... Cala-me.
Um dia, num repente vidro, será um vulto que tocará pra mim... Que sincera busca, no infinito!...
Quem disse que companheira, quem disse que gêmea... Quem disse amiga?... É tudo... É nada!... Complexo reflexo no espelho da alma que clama... Dança... VIra menino... Vira andanças...
Não há de reviravoltas mansas, um lugar único para existência falha... Nem, tampouco o correr do alvo... Há deleite de dias mais quentes... Há estórias que serão futuro.
Um caminho de árvores marcadas... Jogo de direções contrárias... Um universo que inspira ritos... Um olhar o mundo com olhos de guia próprio.
E a luz, que estrela-guia... Nas entrelinhas do discurso dito... Ainda é névoa que cobrem meus olhos... Ainda beijo de uma morte que anuncia.
Um leve e pesado discernir... Deixe que o tempo passe... Deixe que a alma clame... Não se apresse... Tenho um minuto em vida!... Sou ainda criança!
Hoje, amanheci em poeira... A terra, na qual finquei raízes, é meu foco... Sou o que o destino joga, sou o destino que jogo.  Em búzios, cortam em lança... Meu viver, que um futuro alcança...
Correr nas linhas do definititvo?... Nem penses que é possível... A neve que cristaliza, é água quando no cio...
Ferver em vida, virar fênix!... Ser água clara da cachoeira... Ser aprendiz!
Amar em total força... Virar música... Se tua... Ser minha... Esperança!

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