Dor da saudade

As gotículas de dor que caem sobre meu coração embebe-me de solidão e me toma a visão.

Não há mais saída, não há mais razão, não há mais solução, quero correr pra longe. E não alcanço o infinito, que me revela brilhos tão bonitos. E eu penso no seu olhar, penso no seu sorriso.

Me vejo no espelho, distante da crueldade do mundo, que me tomou você, que lhe tirou dos meus braços, afago de tristeza é meu único consolo, não contento com as lágrimas do olhar, caem também deles, gotas de sangue, me dá tanto medo que me arrepio por inteira.

E em terras estrangeiras sabendo que não ti encontrarei ti procuro loucamente. Nesse vazio que sempre me encontro quero rejeitar a solidão, mas ela colou-se em meu coração. Se tornou minha companheira nessas noites tão vazias, tão tristes e tão frias.

Meu descontentamento prescrito nas madrugadas que me ouve sem dizer nada, me faz acreditar que você estar em algum lugar perto de mim. Grande ilusão, oásis no deserto.

Dá uma vontade tão grande de gritar seu nome, mas nem forças tenho. Dá uma vontade de sair correndo pra ti procurar, mas do que adianta se sei que não vou ti encontrar.

Tu foi pra longe, longe demais; onde não poço alcançar, ti perdi no espaço, estás agora entre as estrelas. Por que teve que ser assim?

Quando descobrir seu olhar, quando flutuei na paixão e na emoção de ti amar, me desapareces, me enlouqueces e me aborreces.

Loucuras, teimosias e arrependimentos, tudo me vem no momento que lembro de ti, mas uma única coisa me faz doer o coração... a tortuosa dor da saudade...