Conjugação do Nome
Folha branca. Nela desenho a concepção interior dos lábios, um laivo subsiste onde se projecta o entendimento da luz, inflamo os vidros para que a noite anuncie o cenário do teu corpo. Inclinado na voz que desgaste a distância. Um corpo branco quando brilha a anatomia das vértebras como mármore.
E os cabelos se armam pelo vento, talvez a visão de um bosque, os braços encadeados no mar interior, tocaram-se onde não sabiam que a pele se prolonga na seara do sangue e os lagos da boca já não são signos, o delírio de encontrar o nome amado no reflexo de um espelho.
Esvair as horas e sentir as ancas adjacentes do sonho, imagino em vagas inconscientes o espaço cerzido na tua sombra, deambulam as aves pela casa, oscilo os dedos imitando as asas ígneas. Nenhum esquecimento, o rosto num relâmpago em colunas ao fundo dos astros.
O desejo ou um mapa.
Eminentemente, a conjugação do verbo em ti – a angra do corpo.