Em uma folha em branco
Eu, como sempre pensativa, estava a pensar naquele meu quarto escuro, como a minha mente sem respostas, onde as paredes já não tinham cor, a janela parecia fechada, mas o que mais me preocupava era a porta entre aberta, que refletia meu estado de espiríto.
Enquanto eu observava o meio, tentava achar respostas em uma folha antes branca e limpa... quando em meu coração ainda existiam motivos para olhar o sol ao acordar e ter a certeza que existia um motivo para estar ali. Agora tento colocar cores nessa minha vida e apagar as marcas escuras feitas com a mais forte tinta da saudade. Agora não sei o que faço... se corto meus cabelos longos e brilhosos, se saiu as ruas com roupas que absorvam o calor ou se pego esse lápis com o qual te escrevo e riso toda a sua face desenhada sobre a minha vida.
Como não estais mais a me ouvir nem tão pouco a me sentir, farei aquilo que o destino fez a você. Vou rasgar essa folha agora riscada e suja pela solidão...