Adeus

Adeus

De repente um estampido de bala

Um corpo no chão-

Uma mão estendida

Frenética correria...

Alguns curiosos só pra ver de perto

Outros por medo ou por desafeto-

Correm na direção oposta...

O sangue jorra, como fonte

Não é mais a vida,

Mas a morte quem impera-

O dia não espera,

O relógio no pulso continua no seu tic-tac

O pulso pára...

O sonho cessa

Os olhos cerram...

A vida não espera –

É quente ainda o corpo, estendido

Branca a face, pálida tez

Deixou para trás de vez

Os planos, os rumos, os horizontes

Deixou lembranças, saudades, sentimentos...

Deixou toda a gente a murmurar lamentos...

De repente, não mais que alguns minutos-

Tudo se acabou, o amor se foi

Se foi a alegria, se foi a luta...

“Tão jovem ainda”, dizem...

“Tanto tinha pela frente”...

Mas foi assim, tão de repente...

E tudo mudou...

É tudo hoje tão diferente...

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 16/03/2006
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