Adeus
Adeus
De repente um estampido de bala
Um corpo no chão-
Uma mão estendida
Frenética correria...
Alguns curiosos só pra ver de perto
Outros por medo ou por desafeto-
Correm na direção oposta...
O sangue jorra, como fonte
Não é mais a vida,
Mas a morte quem impera-
O dia não espera,
O relógio no pulso continua no seu tic-tac
O pulso pára...
O sonho cessa
Os olhos cerram...
A vida não espera –
É quente ainda o corpo, estendido
Branca a face, pálida tez
Deixou para trás de vez
Os planos, os rumos, os horizontes
Deixou lembranças, saudades, sentimentos...
Deixou toda a gente a murmurar lamentos...
De repente, não mais que alguns minutos-
Tudo se acabou, o amor se foi
Se foi a alegria, se foi a luta...
“Tão jovem ainda”, dizem...
“Tanto tinha pela frente”...
Mas foi assim, tão de repente...
E tudo mudou...
É tudo hoje tão diferente...