CONFISSÃO DE UM ASSASSINATO
Se você tivesse cravado um punhal em meu peito talvez este
teria sido seu ato mais digno.
Mas dignidade nunca foi uma caracteristica tua a não ser para
para manipular.
E todos os dias você se torna um assasino frio e implácavel.
Castigando e ceifando sonhos, sufocando a vida com seus
caprichos.
Marchando sobre o outro como o senhor da vida, ditando suas
leis equivocadas.
Um assasino que escreve a história em páginas marcadas pela
dor alheia.
A historia do amor mascarado pela posse e ganância de saciar
seus mais sórdidos desejos.
Como um tirano marcha imponente sobre a vida do outro im-
pondo sua vaidade.
Trás nos olhos o brilho da maldade interna que aflora quando
contrariado.
E o sorriso gentil mascara toda a hostilidade por não ser bondoso
como os seres evoluidos.
A sentença daqueles que vivem sobre sua ditadura é o silenciar
do existir e a opressão.
Não existe lei dos homens as quais possam dete-lo, pois, seus
atos não são julgaveis através da justiça cega.
Ele é tão somente um assassino de almas, sempre tão perto de
nosso mundo que até o considerariamos sociáveis.
Se não tivessemos convivendo com ele, dia após dia como um
castigo.
CAMOMILLA HASSAN