Minha função

Me distorço do paradigma da vida vivida intensamente, dos raios coloridos que caem pelo chão de um mundo preto e branco ausente da presente mágoa de amor.

E a dor, minha função cruel, serena profunda de não saber sentir, sem querer a inexplicável sensação de saber que ela vai doer.

Me afasto do veneno que me é aplicado na veia, e me afogo no vazio então, da aflição e me escondo deitada sobre a cama do desgosto.

Minha função me leva a uma descrição, que me acoberta o álveo, de ser um nada... de me sentir um nó... Então como sonho....

Me toca o seu beijo, me convidando a pecar, mas minha função me acorda e me faz lembrar

Então resisto e quando me trisco, pego no sono novamente, e bem docemente sinto meu esforço a brotar sobre meu corpo. Me aliviando a dor, que tomei pela veia.

Então estoura meu coração nessa louca e maldita sensação de querer ti amar. De querer voltar e pecar.

Mas minha função me alimenta a cada segundo e me impede... por isso ainda vivo... por isso ainda tenho forças... por isso ainda consigo vencer...

Minha função chamada razão.