Poéticamente falando

A poesia é algo que preenche o vazio que existe em mim, ela é minha paixão e o meu ser. Ela não me glosa e com ela desabafo um pouco. Fazendo poemas me sinto feliz, a isso ninguém dá valor. Paciência! Pode demorar, mas minha hora vai chegar, eu não quero muito, quero um pouco mais de verdade, de amizade!

Vivo num mundo demasiado fictício, ninguém se importa com ninguém, cada qual só olha a sua penca. Pena não tenho de ninguém, pois também ninguém tem pena de mim. Também quem tem pena é galinha (risos)!

Na poesia encontro uma perfeição que ainda não encontrei em ninguém, tudo bem perfeição não se encontra! Esta existe, em pequenas porções, que subsistem! O que estou a dizer parece de facto muito estranho, talvez até seja, quem sabe? Estamos numa sociedade onde o “medonho” reina no seu ponto mais alto, estou a referir-me da colectividade, tudo parece estragado; corroído pelo que realmente não interessa!

Voltando a poesia, ela e eu somos uma só! Estranho de facto, mas o que posso fazer a respeito? Preenche minha solidão e pelo menos é algo bom, que pode alegrar corações, é uma arte da qual eu não me privo de forma alguma! Viver é uma arte, que eu gostaria que fosse respeitada! Mas, infelizmente, ninguém respeita nada nem ninguém.

A vida, tal como a poesia tem feições fantásticas, aspectos incríveis. A nós de lhe dar o contorno correcto. A vida prega-nos montes de partidas e a poesia é feita de muitos mistérios, pois após sua leitura podemos atribuir distintos significados.

O imaginário entra nas nossas vidas num impulso, de forma inquieta, com uma configuração por demais fora do normal. O estranho é se tudo não passa de momento, que nem sempre se pode recordar. O segredo existe em todos os corações emergentes de coisa nenhuma, a loucura é onde a arte se cultiva. Infelizmente, a esta ninguém dá valor. As figuras artistas têm sempre muito mais valor depois da morte (uma realidade).

As margens, o tempo, a mentira não há como se livrar deles (sei que estes substantivos não têm relação possível, mas nada é dito ao acaso). Tento fugir, mas não encontro fundamento. A pequenez humana predomina. É algo terrível, mas felizmente há coisas bonitas neste mundo sem quais não passaria, tais como a natureza agreste, o sol, a sinceridade, a alegria, a honestidade, a humildade, que hoje em dia está numa terrível escassez. Tudo é feito de conveniências e nada mais.

A essência é um poema, um carme, um suspiro recheado de segredos recheados de lamentos para embelezamento. Existe muita beleza, mas o contrário, de facto também sobressai; realmente é muito aborrecido! As palavras para mim são um jogo, um enigma que nem sempre é compreendido. Tal como eu, todos fazem da minha pessoa um retrato que em nada se assemelha comigo! Fantástico! Mas, pode ser positivo.

Thereza Green
Enviado por Thereza Green em 20/10/2008
Código do texto: T1237792
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