Vinícius já dizia...
Vinícius de Moraes já dizia que Amar é Sofrer. Eu acho o amor tão peculiar... tão íntimo. Quem sou eu pra julgar se o que existe na alma de uma pessoa é ou não amor? O amo tem características que o define? O amor é isso, ou aquilo? Qual o limite entre paixão e amor? Será que são auto-suficientes, independentes?
Já cai na cilada de julgar um sentimento, que para mim, parecia obsessão. Mas obsessão um dia não foi amor? E amor, um dia não foi paixão? E o amor, um dia não vai virar saudade? Sei lá porque razão. Pelo fim, simplesmente. Fim imposto por uma terceira pessoa, e estas podem ser tantas... Fim imposto pelas circunstâncias da vida, e estas existem em maior quantidade ainda. Ou simplesmente, fim imposto pelo próprio fim disso tudo aqui, a morte. E aí, o amor, que um dia foi paixão, que um dia se tornou obsessão, através do ciúme, não acabou se tornando Sofrimento? Um sofrimento tão estranho, não? Um sofrimento que se torna nossa companhia predileta. Com quem gostamos de conversar... por conta de quem menosprezamos todas as pessoas que nos cercam. Um sofrimento que nos dá prazer. Um sofrimento com quem... digamos, criamos uma relação de amor.