Um Grande Plano Onírico

As imagens que deslocaste do infinito.

Um grande plano. Lista de sensações em alternativas translúcidas. Vivenciar, sobretudo aquelas que não tiveram fim. Nem queremos, afogarmo-nos na praia, respirar a sombra imutável de um bosque próximo. Acordo num espaço precedente ao olhar, a luz ambiente abre-se até se dissolver, uma lente vaga fustiga o real. Imprimisse os dias eventuais,

nunca encontrei o lugar combinado,

onde o mar esperava os ombros comuns por mergulhar,

fixasse as aves errantes do assombro.

E quando íamos pelos espaços abertos ao ar, sentindo a algidez do corpo pelo vento, fixávamos as imagens a priori do entendimento, nunca soubemos descrever o futuro, apenas a abstração límpida da emoção nos assolava em sílabas por pronunciar. Que importa! Longamente: percorridos os degraus em trajetórias susceptíveis de nos levar a um lugar efervescente, ou seja,

as imagens que invocaste.