LEVITEI

Na fragilidade do meu corpo levitei...

Desprotegida da minha força física,

no meu intimo inconsciente, propagou-se o pânico.

Tremia!

Mesmo rodeada de pessoas que de mim cuidavam.

Senti-me sozinha e abandonada.

Nessas horas revestidas de incertezas...

O mundo é tão insignificante, a vida é tão pouca

Só a alma se enche de pureza.

Oh! Imenso egoísmo humano...

Diante do fim inoperante da nossa significância física.

A morte!

Estranha! Parece-nos, distante.

De mim...

De ti...

De nós.

Mas em cada um

Está invisivelmente infiltrada.

Nossos corpos sem rumo...

Vagueia a qualquer direção...

São pontos partindo do nada.

Que avança nas horas, no tempo

Coração batendo...

De medo!

Só nos resta o amor...

Senão, solidão... Horror!