O Devir
As imagens que invocaste.
No devir, percepciono um lugar insuprimível, atravessaram a profundidade os dedos de um eixo luminoso, a hora flui sem condições num baloiço cósmico. Anulando os arredores sucessivos, pela tarde começam a mover-se os instantes e os muros fragmentam-se como espelhos. É o corpo, o corpo vai preencher o espaço para fora de si na existência. O devir – uma infusão de símbolos já não sustém os lábios. Sopram folhas inconscientes por uma estrada sem limites. Dir-se-ia:
desenha essas imagens deslocadas do infinito.