NÃO É AMOR, SIM CASTIGO

Nesta noite fria sou eu com meus pensamentos.

Todos pensamentos se colidindo, tais como tem-

pestades.

O mar revolto dentro de mim ondas que sobre a

tempestade o clarear dos trovões ilumina.

Ira que me cega a coerência, desejo eloquente de

lhe cravar um punhal no peito e arrancar este teu

ingrato coração.

Pensei ao encontra-lo que eu jamais havia visto o

céu, mas vejo que estava mergulhando no inferno.

No inferno desta amargura que me seca as palavras

e desperta meu lado sombrio.

O abismo que exite entre nós separa os mais sublimes

sentimentos.

Um abismo de lavas incandecescentes que queimas

nossas verdades e sonhos.

Somos cinzas espalhadas pelo vento pousando sobre

o nada.

Nada o somos porque fugimos de nós mesmos, seria

por vaidade, não e sim por covardia.

Eu queria olhar nestes teus olhos, beijar esta boca e

por um instante reviver esta ilusão.

Ouvi-lo dizer que não queria ver meu rosto marcado

pelas lágrimas, quando tudo o que você fez foi pro-

voca-las.

Divertido teu contexto de amor, se não fosse irônico.

Mas fecharei os olhos para me lembrar que um dia o

amei.

Que fui capaz deste desatino, porém, não mais pro-

meterei minha vida.

Estou no momento oculpada vivendo nela, com as unhas

cravadas e desesperada para que ela não dilua.

CAMOMILLA HASSAN

CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 09/10/2008
Reeditado em 09/10/2008
Código do texto: T1220288
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