NÃO É AMOR, SIM CASTIGO
Nesta noite fria sou eu com meus pensamentos.
Todos pensamentos se colidindo, tais como tem-
pestades.
O mar revolto dentro de mim ondas que sobre a
tempestade o clarear dos trovões ilumina.
Ira que me cega a coerência, desejo eloquente de
lhe cravar um punhal no peito e arrancar este teu
ingrato coração.
Pensei ao encontra-lo que eu jamais havia visto o
céu, mas vejo que estava mergulhando no inferno.
No inferno desta amargura que me seca as palavras
e desperta meu lado sombrio.
O abismo que exite entre nós separa os mais sublimes
sentimentos.
Um abismo de lavas incandecescentes que queimas
nossas verdades e sonhos.
Somos cinzas espalhadas pelo vento pousando sobre
o nada.
Nada o somos porque fugimos de nós mesmos, seria
por vaidade, não e sim por covardia.
Eu queria olhar nestes teus olhos, beijar esta boca e
por um instante reviver esta ilusão.
Ouvi-lo dizer que não queria ver meu rosto marcado
pelas lágrimas, quando tudo o que você fez foi pro-
voca-las.
Divertido teu contexto de amor, se não fosse irônico.
Mas fecharei os olhos para me lembrar que um dia o
amei.
Que fui capaz deste desatino, porém, não mais pro-
meterei minha vida.
Estou no momento oculpada vivendo nela, com as unhas
cravadas e desesperada para que ela não dilua.
CAMOMILLA HASSAN