Ririam de nós
Nas estrelas que eu vejo
Imagino seus universos
Seus planetas e distâncias indescritíveis
Ao invés de diamantes em fundo negro e plano
A lua há muito não me comove...
Como já comoveu um dia
E sobre a qual tanta idéia romântica se fazia
...E o “deus” sol, apesar da majestade de sua força geradora
Inspira-me, no máximo, o respeito devido ao astro.
Não estão aos nossos pés
Eles são provas acidentais da ilusão por nossa limitada percepção
Impassíveis e majestosos em suas existências mudas
Violentos, no conceito relativo de nossas frágeis e meteóricas existências,
Na inter-relação com as forças que os contém
E nós, pobres e débeis criaturas imperceptíveis,
Conjeturando patamares para classificá-los...
Manipulando suas concepções segundo nossos próprios e minúsculos parâmetros
Apenas para servirem de referência a sentimentos fugazes
A nossas concepções caipiras, quase dementes...
Como se não os aceitássemos como são
Tivessem eles o parco entendimento de nossas idéias sobre si
E todo o universo estrondaria numa imensa risada de nós
Bobas crianças egocêntricas e prepotentes