AMOR PROFANO
Sentimento contestável profano e sagaz.
Me rasga o peito dilacerando meu gélido coraçao
que sangra inerte ao frio do abandono.
Gotas de sangue que me marcam a face, fel que
mascara minha felicidade.
Doce ilusão que me conduz ao pricipício da sanidade.
Nesta queda livre me enlouqueço diante do mundo
insano.
Caio, sobre rochas humanas mascaradas que sorriem
o desafeto.
Acariciam me açoitando com plumas.
Tudo sei sem nada saber nao sabendo sei que vou dan-
çando e cantarolando o lamento de existir.
Profano tanto quanto as religiões que dopam os homens
e cegam sua verdadeira essência é este sentimento.
Sentimento cruel invassivo que cantam os versos e hoje
recitam os poetas.
Sentimento que dopa a razão dos fracos e enlouquece os
mais corajosos.
Mas não quero ser o fraco, tão pouco o corajoso quero me
libertar.
Vida insana, profana me arranque as vestes deste mundo, me
desnude a alma que voarei pelo infinito completando meu
ciclo de existir.
Porque existir neste mundo já nao me basta, farta estou e
quero descansar nos braços da eternidade.
CAMOMILLA HASSAN