AMOR PROFANO

Sentimento contestável profano e sagaz.

Me rasga o peito dilacerando meu gélido coraçao

que sangra inerte ao frio do abandono.

Gotas de sangue que me marcam a face, fel que

mascara minha felicidade.

Doce ilusão que me conduz ao pricipício da sanidade.

Nesta queda livre me enlouqueço diante do mundo

insano.

Caio, sobre rochas humanas mascaradas que sorriem

o desafeto.

Acariciam me açoitando com plumas.

Tudo sei sem nada saber nao sabendo sei que vou dan-

çando e cantarolando o lamento de existir.

Profano tanto quanto as religiões que dopam os homens

e cegam sua verdadeira essência é este sentimento.

Sentimento cruel invassivo que cantam os versos e hoje

recitam os poetas.

Sentimento que dopa a razão dos fracos e enlouquece os

mais corajosos.

Mas não quero ser o fraco, tão pouco o corajoso quero me

libertar.

Vida insana, profana me arranque as vestes deste mundo, me

desnude a alma que voarei pelo infinito completando meu

ciclo de existir.

Porque existir neste mundo já nao me basta, farta estou e

quero descansar nos braços da eternidade.

CAMOMILLA HASSAN

CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 07/10/2008
Código do texto: T1216899
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