MEU ETERNO AMOR PELOS PSICOTRÓPICOS

Existência que me condena, viola meus direitos de existir e

sentir.

Punição ou salvação, um dia a mais vivido, um a menos de

dor e sofrimento.

Me olho no espelho e vejo o reflexo, mas não vejo a alma.

Me debato, grito, fala desconexa apenas um sussurro me

deixe viver em paz.

Maldita pequenina caixa que me entorpece, não consigo

pensar cheirada e dopada.

Será que havera um dia de liberdade para minha alma e

não mais serei refém.

Definem estes malditos psicotrópicos como psique-mente

topos-alteração.

Mas na verdade são ceifadores de almas sonhadoras e des-

pidas do apego as coisas mundanas.

Esta noite entre lágrimas e protestos os tomo, minha cabeça

gira e tudo parece um ensaio de palavras.

Por favor me deixem pensar, me deixem transpor a barreira da

minha loucura e mostrarei minha sanidade em sua essência.

Estão me roubando a vida com doces palavras, que se tornam

crueis quando me trazem estes medicamentos.

Medicamentos que se tornam meus senhores ditando suas or-

dens e os obedeço irracionalmente porque já não me lembro

como protestar.

Ao menos me deixe ver um dia de luz neste céu cinza e inex-

pressivo para que minha passagem na vida não tenha sido em

vão.

CAMOMILLA HASSAN

CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 06/10/2008
Reeditado em 06/10/2008
Código do texto: T1214945
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