Sádico Poeta Amoroso
Bata-me na face,
Aumenta o sofrer da minh’alma!
Cospe-me e chuta-te pra bem longe num só golpe.
Tortura minha face
Com tuas mãos cheias de prazer
Que eu socorro o sangue no canto da boca.
Lança tuas mãos de pedra contra o meu corpo.
Arranca-me a boca doente que clama por ti
Pois é duvidosa essa maldita que me entrega!
Corta-me o pulso
Que do braço imoral
Abraça a tua pele assassina.
Tortura e dilacera meus olhos,
Luzes d’alma,
Contamina-o até não mais senti-lo pulsar...
E o prazer não está completo ainda,
Se nem ao menos, mal te livraste da cabeça
Que de tão imunda pensa em ti
Até o último suspiro de vida,
Quando me provaste que me amaste de verdade.
Admito que neste dia, fui feliz
Até demias.