Aquele que há em mim.

Eu olho pra você e o que consigo enxergar além do reflexo da minha imagem, tão compenetrada no teu olhar, é o meu coração, de um jeito leve, com várias coisas em comum. Se colocares a mão em meu peito saberás bem do que falo agora.

Fujo do brilho, das recordações. Aliás, tento, mas não consigo. Toda a minha racionalidade se perde quando ouço a tua voz, e sinto as tuas mãos em cada toque delicado, minucioso que dedico para te descobrir, quem sabe assim as horas passem lentamente. É isso que desejo quando te encontro, que tudo pare, que nada mude.

Com você consigo ser eu mesma. Tagarela, sorridente, carinhosa, saudosista, curiosa, carente, apaixonada. As medidas se vão, os sentimentos se esvaem em cada gesto, o sorriso fica largo, as palavras serenas, vivas em sentimento. Por nós, pelo que acreditamos e desejamos é que me sinto nessa espera, no desejo inconsciente de querer que a história não acabe e que ainda haja um final feliz. Por merecimento.

Quero, quero muito vê a conjugação do nosso, acreditar que o destino sempre quis isso e que um dia, se todas as forças forem maiores do que as coisas que colocamos à nossa frente, possamos ficar juntos.

Mas agora, nesse momento em que me disponho a escrever ao fim da tarde que cai, me vejo mergulhar à tua partida, numa chegada que ainda não sei quando virá, e numa certeza de que tudo com você, sempre vale a pena.