A convergência de uma bela face

Estamos sozinhos agora, você com um sorriso simples pergunta se eu não estou sentindo um clima no ar, sem ao menos pensar em uma resposta, no impulso, já tinha falado que o clima sempre esteve entre nós.

Estendo-te a mão e lhe trago junto ao meu corpo o teu calor, em um breve passeio de meus olhos pelo teu corpo nos vejo hipnotizados em um só compasso cardíaco.

Toco teu rosto e beijo teu pescoço, meu olfato não acredita no que sente, profundamente inspiro o teu aroma, teu cheiro gostoso de mulher que alastra-se pelo meu intimo pensamento. De olhos fechados vejo você sem medo, sinto na pele o desejo e me controlo no máximo que posso.

Beijo teu rosto com um apetite que posso imaginar. Seguro, beijo e viajo em um tocar de teus ombros a tua mão, a qual levo junto ao peito para que sinta as batidas loucas do meu coração.

Havia dito que não iríamos nos beijar. Motivo o qual entendemos. Pois em outra boca logo mais estariam nossas salivas, festejando em meio a um baile de mascaras sem fantasias, incluindo a nossa.

De olhos aberto vejo teu lindo rosto de culpa, de desejo, de pecado, de medo ou de complemento o qual não sabes o que falta e que talvez encontre contido em mim.

De costa e em meu corpo se apóia, envolvido em tua nuca, fico louco, entrelaçado em teus cabelos me perco, digno de um labirinto sem saída, és o mundo dos teus mulher. Você em rápidos suspiros me mostrar onde lhe tocar no rosto, em tuas costas, tuas mãos em um abraço e o que tenho, e o que lhe peço no final de tudo.

Foges de mim, depois de me fazer sentir a tendência da alma para se sucumbir ao universo do inconsciente. Não me deixa nem ao menos alimentar-se das migalhas de teu caminho, pedindo que nunca mais o cruze, transformando-me em um amorfo.

Meus sentidos lhe atormentam pois completam os teus que só se encontram no proibido. Porém, desmente-se em meus lábios o beijo não executado e tudo aquilo que imaginei de ti ser verdade.

Acho que não posso acreditar em algo que dizem que não existe. A verdade é uma construção para aceitação ou não para quem as receba que poderá em algum momento distante ou tão próximo ser destruída.

E lhe deixo apenas uma pergunta: o que você encontrou ou deixou de encontrar neste passado contido em nossas lembranças que profetizavam o futuro?

Sempre temos algo a dizer...