Uma contribuição a natureza. O meu encontro e lamento Ao Rio Mearim.

Na ladeira ao encontro do meu rio

Resumo os pensamentos. Um momento em desvario.

Cada passo. lágrimas brotam dos

Olhos, por falta do rio onde secou.

Ali onde antes namorava, e nas suas águas mergulhava,

Agora piso é só chão esturricado...

Ao invés d'agua, de lágrimas me banhava.

quase sem acreditar no que via, sinto-me asa branca do sertão,

chorando a seca e aos maus tratos ao meu torrão.

Culpo-me! E me justifico! Se é possível justificativa.

Quando arribei de ti minha cidade, fugi do tolhimento

dos teus carrascos.

Em tenra idade, abandonada, desrespeitada e sem crença...

Os meus poucos cobres causavam indiferença.

Farta do descaso e do desinteresse de uma política consistente

pior do que antes me sinto.

Mas com o sentimento poético que me envolve, não consigo assimilar

diferente.

Sobre rever e renovar uma política decente.

Distante de ti minha CIDADE...

Diante de ti oh! Meu RIO eu procuro refletir.

Acho que não fiz muito nem por mim, e nem por ti.

Mergulhando nas lembranças vejo do outro lado.

Uma realidade estarrecedora.

Profundamente consternada, desesperançada... Vejo-te!

E anuncio aqui a minha previsão... Não muito distante.

Um deserto sem vida, apenas grotões, e ressequidos vazantes.