As lágrimas do Amor...

Dos seus olhos, o brilho dissipou-se.

Aquela alegria, própria da cândida confiança...

Viu o nascer de um quê de decepção...

Logo em seguida de vergonha...

Muito embora sua mente gritasse Insistentemente

que não havia motivo para tal...

Seu coração, mergulhava na mais profunda tristeza...

Ela acreditara...confiara...

e de tudo, restou apenas....

A tristeza, conseqüência da vergonha...

Do olhar sarcástico que recebem aqueles que estendem a mão

Ou entregam seu coração...

Ele se foi, aos risos,

Em seus olhos brilhavam a vitória da canalhice...

Aquela que compreendem apenas os infames...

As lágrimas que rolaram em sua face,

foram as testemunhas solitárias da dor

e da repreensão que intimamente brotava em seu ser...

Poder-se-ia dizer-lhe verdades a respeito de sua ingenuidade...

De sua confiança, do amor que dedicou...

E tais verdades a atingiriam, como fecha em alvo certeiro...

Quantos não seriam o vil, o mesquinho e desprezível

a torpedeá-la com suas verdades...

suas cruas e torpes verdades

a respeito da mesquinhez humana...

Talvez até fosse aplaudido pela súcia,

que sempre aplaude a sordidez irônica dos infelizes...

Mas poder-se-ia também questionar,

uma tal sociedade...

Que ao invés de condenar

ao traidor, ao trapaceiro, ao larápio...

Atira pedras àquele que confia e ama!!

Enfim àquele que naturalmente mostra-nos

a face natural da bondade humana...

Triste sociedade,

esta que atira pedras...

E depois ainda,

hipócrita e tristemente

critica...

a corrupção e a ladroagem reinantes!!

Valeria Trindade
Enviado por Valeria Trindade em 21/09/2008
Código do texto: T1189136
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