Tormento.
Tormento.
Delasnieve Daspet
E quando a brisa se torna mais forte
Recordo o perfume de teu corpo
Que me chega pelo ar da noite
Balançando as folhas do ipê.
E lembro ainda
O cabelo espalhado no travesseiro,
A mão dardejando em meu corpo.
A boca, tão acessível em suas horas de amor,
Tão quente e tão macia...
Agora embrutecida, crestada!
O perfume da flor de laranjeira
Toma conta de meus sentidos,
Trazendo no aroma a solidão.
Busquei um amor em estado bruto,
Profano e violento no sentir,
Azedei o sonho.
Restou-me a saudade de algo
Há tão longo tempo perdido...
Veredito: os sonhos foram culpados!
__31-07-2002 - 23,00 hs
Campo Grande MS