DOIDIVANAS IMAGINAÇÃO
desatenta indiferente
náufraga sem socorro
a mente viajante
flutua sobre a goiabeira
acima do meu quintal
parece que não percebe
a tarde que se finda
a hora do banho
momento de recolher
menino de calção
pés desnudos
camisa aberta
na gaiola vazia
gralha azul que fugiu
e pombal desabitado
matos ervas daninhas
junto às hortaliças
e quarador de roupas
ave arredia rebelde
insiste em vôos
piruetas arremessos
noite se avizinha
sem divagações
descanso calmaria...