Infinito

Circulo... Entre os dias e noites que se calam, quando passo.
O vazio, às vezes, engole a alma... No entremeio da hora lenta... Pulsa o dia... Recolhe-se a noite... É o momento precoce que rompe com a escuridão.
São portas que se abrem, na vastidão do círculo... E eu? Circulo...
Nem rompantes de alegria, nem momentos de solidão... Dormência, eu diria... Demência, o outro dirá.
Mas, quem somos então? Em vastas exatidões... Quem  arrisca ser total, sem , em partes, atribuir-me?... Ah! Iludir-se... Criar escolhas... Subir em crenças... Descer-te, em rio... Cascatas... Velocidade!... Calmaria... Águas claras... Resistências.
Circundar... Meio vagabundo, vaga-lume!
Que corra então! Vá pelos destinos que te abrigam... Vá! E eu? Circulo.
Entre matas, que se fecham... Num repente, o clarão! E a vida circula em doces sensações! Perfeição... Em asas da  libélula, laço do escrito... Lasso no Infinito!

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