Maçã.

Não importa o verso intacto, eu quero a poesia suja e crua das favelas e sarjetas. O gosto podre dos quartetos adormecidos, abortados como palavras sem rima e poemas sem ritmo. Quero que desse fosco de palavras feitas para retorcerem o ócio cresça a semente da maçã mordida. A maçã do pecado, a maçã do amor rompente no peito. Quero que nasça um verso que não brilhe, não chore, nem sorria. Um verso simples que sinta o que diz e transforme o dizer.

Vanessa de Moraes
Enviado por Vanessa de Moraes em 11/09/2008
Código do texto: T1172500
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