Da carne
Insana. Aquela vontade de quebra, que te quebra as pernas, que te deixa bamba, que te deixa menina, mulher, um tal de bem-me-quer, um não sei o quê.
Juras impiedosas. Palavras mudas. Silêncio sonoro. Compaixão. Sem paixão.
É de entorpecer esse desejo insólito, sentimento devoluto que me persegue pelas veias, e treme tudo, um furacão, um vulcão noturno, diurno. E me quer, e não quer, perseguição.
Vantagens, concessões, coisa do corpo, sem alma, arredio. Pele, química, combustão.
Reação, sem coração, é pele, carne, ausente de noção.
Atiça, acalma, é fogo que arde e dá validade aos sentidos tão torpe, fugaz.
Quem me dera, se pudera, sem pudor.