Decifre-me!

Quando você embrulhou meus sonhos,

não os tirou de mim,

clonou-os,

mas esqueceu-se de perguntar pela

emoção que os provocou.

Há neles tantos pensamentos e eu sequer sei

quantos vêem você.

São seus, se os quiser --

e ainda que não os queira:

são seus!

Se os decifrar,

pense comigo,

veja como sou, como não houve,

nunca,

quem, como eu, vejo você.