Prosa poética
Você, amigo, quando me vir passar
Não sinta dó nem piedade: eu sou assim
A fusão de uma menina que sempre quis brincar
Em harmonia com o seu mundo, seu jardim
E a mulher que sonha com esses mesmos lugares.
Não me pergunte se já tive um amor
Se durante as brincadeiras não me aborreci.
Fui criança, brinquei, chorei, ganhei e perdi...
O entendimento de cada situação me chegava
À medida que errava e sofria sanções
Que não me limitavam, mas me faziam crescer.
Quando me vir passar... não pense
“Ali está uma pobre criatura”!
Pense antes que a sua vida, toda ela
É cheia de alegrias, apesar das procelas
Que vive o sonho, a fantasia e a aventura
Nesse mundo de amor e desamor; de afetos e desafetos
De descasos, mas também de suave ternura!
Mena Azevedo