Mangalô três vezes
Saravá, meu babalorixá, arreda o pé que dá, bahiano sem vatapá
Terreiro de umbanda é cultura popular
Oferendas no altar
Frango arrepiado no terreiro estatelado
Estava ali só querendo catar suas minhocas
Noutro instante, era oferenda pros orixás
São muitos patuás
Eita saia rodada, charutada, reunião da rapaziada
Espírito veio num galope no andar do homem que era meio xarope
Dono do pedaço, grita-grita em estardalhaço
Olhos bem abertos no rosto em esgarno
A mocinha queria o seu amado, a outra solução para os seus passos
Outra dimensão em euforia da farofa, daquele frango e de um pratinho de quiabo
Acredito em tudo, bato no peito, calo-me, estou mudo
Por via das dúvidas, jogo um gole, seguro meu terço, em nome do pai
Todos meus amigos, não brinco, não facilito, seguro no meio do escuro
Religião é corrimão na aflição pra quem está em apuros