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Continente
Continente
Sou todos os sentimentos.
Há dias de muito vento
que inspiram liberdade,
com o uivo do minuano.
Às vezes o universo conspira
e traz de volta a paixão,
aquela que foi embora
deixando nuas as mãos
e a paz de estar a sós.
Outros sem alegria,
em que a mágoa arde,
espargindo gota a gota
a vontade de ter sido eu a partir
a ser continente.
Vendo o branco lá fora
que encobre campos e vilas,
altera a cor da água do rio,
escondendo suas algas,
sou manhã dançarina.
Me solto ao vento,
que a tudo permeia
e traz devastação,
desata os nós da natureza
já tão maltratada,
eclodindo em ciclone no Sul.
Um ser em meio a tempestades.
Hoje sou solidão,
na boa, sem alarde,